O dia 19 de Abril foi decretado pelo presidente Getúlio
Vargas como o dia nacional do Índio, em 1943. Três anos antes foi realizado no
México o primeiro Congresso Indigenista Interamericano que contou com a
presença de diversas autoridades governamentais dos países da América e também
com vários líderes das comunidades indígenas americanas para participarem das
reuniões e decisões. Entretanto, esses índios não compareceram ao evento nos primeiros
dias, pois estavam preocupados e temerosos devido às perseguições e agressões
que o “homem branco” lhe causara. No entanto, após algumas reuniões e
reflexões, diversos líderes indígenas resolveram participar, após entenderem a
importância daquele momento histórico. Esta participação ocorreu no dia 19 de
abril, que depois foi escolhido, no continente americano, como o Dia do Índio.
Nesse ÚNICO dia do ano ocorrem eventos de valorização
da cultura indígena. Alunos realizam pesquisas, constroem painéis, os museus
fazem exposições e municípios realizam festas de comemoração. A “existência”
deste grupo merece destaque apenas nesse período, dia 19 de ABRIL! Onde está a
história que não registrou os episódios sangrentos e tristes deste povo
pau-brasil?
Não se pode falar em festa, em retratar um
estereótipo de submissão e nacionalidade dos indígenas e pensar que desta forma
estamos representando-os. Reflexões e ações precisam ser adotadas no intuito de
preservar este povo que foi dizimado, manter as suas terras e respeito às suas
manifestações culturais. Diante do desrespeito, da diminuição das populações indígenas,
da exploração dos recursos minerais pelo pressuposto da mineração, não há nada
o que comemorar! Há, sim, muito o que reformular...
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